Segundo analistas de mercado, o consumo de orgânicos é uma tendência em curva ascendente.
Dados do Instituto de Pesquisa de Agricultura Orgânica (FiBL), um dos principais centros de informação e pesquisa sobre agricultura orgânica do mundo, revelam que, entre 2000 e 2015, a área destinada ao plantio de alimentos orgânicos no mundo cresceu nada menos que 363%, passando de 11 milhões de hectares para 50,9 milhões de hectares.
No Brasil, o mercado anual já é estimado em R$ 4 bilhões. Tal cifra pode parecer pequena quando comparada com o total movimentado anualmente, por exemplo, nos EUA: US$ 40 bilhões.
No entanto, uma série de fatores demonstra o grande potencial da agricultura orgânica brasileira, incluindo o valor agregado alcançados por esses produtos no mercado.
Dados comparativos com os Estados Unidos, disponibilizados pelo Instituto, apontam para uma grande oportunidade de crescimento, pois nos EUA existem cerca de 5 mil insumos certificados para uso na produção agrícola orgânica, e no Brasil, aproximadamente 300.
Outros fatores descritos estão relacionados aos novos conceitos em termos de insumos agrícolas mais focados no controle biológicos de pragas; as novas formulações de adubos; o Sistema Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF) que buscam não só integração, mas sustentabilidade e diferenciação no mercado.
A agrossilvicultura e outras inovações referendam o grande potencial do orgânico; ampliação da oferta de produtos orgânicos em supermercados e lojas especializadas; aumento na exportação – mais de 1 milhão de toneladas de diversos produtos -; expressivo aumento de expositores na principal feira Bio Brasil Fair; fortalecimento de associações e cooperativas de produtores orgânicos; aumento do interesse de escolas e creches para a adoção de alimentos orgânicos na alimentação escolar.
Outro dado significativo aponta que, um quarto dos municípios brasileiros, já conta com alguma produção orgânica.